É com grande prazer que divulgo esse lindo poema composto com extrema sensibilidade por minha amiga Lívia Petry. Aproveito ainda para comentar que tive a honra de participar de uma oficina de contação de histórias com a Trupe de Contadores de Histórias "Quem Conta um Conto", com coordenação da Lívia, na CCMQ. Foi uma experiência maravilhosa conviver com pessoas tão interessantes, incluindo as oficineiras e colegas. Namastê! Espero que possamos nos encontrar em muitas rodas de histórias para compartilharmos risadas, afeto e reflexões...
Rô Arostegui
POEMA PARA A MENINA-ROSA
Braços cor de rosa correm para mim,
enlaçam os meus,
brincam de fazer tranças no cabelo.
Mãos cor de rosa buscam as minhas,
depois catam do chão
a boneca sem pernas,
o arame farpado,
a garrafa vazia de plástico.
Olhos cor de rosa fitam os meus,
brilham em meio à lama,
ao barraco de uma peça só.
O barraco erguido do lixo,
espreita os olhinhos
e as mãos, e os braços
cor de rosa
da menina sem mãe.
Lívia Petry