Nossa, faz um tempinho que não posto um poema no blog... Então aí vai um, tenho até escrito novidades, mas me deu vontade de compartilhar esse que já é antiguinho, data de 2008. Deixem comentários!!!
Beijos, Rô Arostegui.
DUALIDADE
Sou aquela selvagem
Que vive sozinha
Que caça a comida
E faz o que quer.
Mas vive outra em mim,
Que se prende a regras e serve a outrem.
Sou a da selva,
Virgem indomável!
Mas aquela outra me capturou
Construiu cidade em mim...
A selvagem quer viver no mato
Na noite, no mistério.
Anseia por viajar nas bordas da lua,
Por se perder entre mil homens
E não achar homem algum...
A civilizada prefere o dia
E o sol quente da razão.
Gosta de caminhos retos,
O salário no fim do mês
E um só homem, bem achado,
Nos 365 dias do ano.
A selvagem é saudavelmente louca,
Criativa e sem limites.
É caos!
A outra gosta das linhas do trem
Namora com a margem dos rios,
Aprecia algemas
E caminha com pés de mundo.
É ordem!
A primitiva é poética,
A civilizada é real.
O paradoxo?
É que uma não vive sem a outra.
E já sou ambas:
Uma livre, outra escrava!
Escrito por Rosane Arostegui
3 comentários:
este blog tá pegando fogoooo...parabéns, mulheres magníficas...grande beijo de uma admiradora fugidia...hehehe
Querida amiga!
Bela escritura!
Somos um mistério a ser desvendado por nós a todo momento, felizes dos que andarilham o caminho do autoconhecimento!
Abraço!
Si Fig
Show Rosane! Eu mudaria a conjugação do verbo para "Somos" e não Sou...rsrsrsrs porque me incluí no teu dizer.
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