segunda-feira, 5 de julho de 2010

PRA NÃO PERDER O COSTUME

Oi gente,
Nossa, faz um tempinho que não posto um poema no blog... Então aí vai um, tenho até escrito novidades, mas me deu vontade de compartilhar esse que já é antiguinho, data de 2008. Deixem comentários!!!
Beijos, Rô Arostegui.

DUALIDADE

Sou aquela selvagem
Que vive sozinha
Que caça a comida
E faz o que quer.
Mas vive outra em mim,
Que se prende a regras e serve a outrem.

Sou a da selva,
Virgem indomável!
Mas aquela outra me capturou
Construiu cidade em mim...

A selvagem quer viver no mato
Na noite, no mistério.
Anseia por viajar nas bordas da lua,
Por se perder entre mil homens
E não achar homem algum...

A civilizada prefere o dia
E o sol quente da razão.
Gosta de caminhos retos,
O salário no fim do mês
E um só homem, bem achado,
Nos 365 dias do ano.

A selvagem é saudavelmente louca,
Criativa e sem limites.
É caos!

A outra gosta das linhas do trem
Namora com a margem dos rios,
Aprecia algemas
E caminha com pés de mundo.
É ordem!

A primitiva é poética,
A civilizada é real.
O paradoxo?
É que uma não vive sem a outra.
E já sou ambas:
Uma livre, outra escrava!

Escrito por Rosane Arostegui

3 comentários:

Anônimo disse...

este blog tá pegando fogoooo...parabéns, mulheres magníficas...grande beijo de uma admiradora fugidia...hehehe

Si Fig disse...

Querida amiga!
Bela escritura!
Somos um mistério a ser desvendado por nós a todo momento, felizes dos que andarilham o caminho do autoconhecimento!
Abraço!
Si Fig

Márcia disse...

Show Rosane! Eu mudaria a conjugação do verbo para "Somos" e não Sou...rsrsrsrs porque me incluí no teu dizer.